Aqui no Brasil, onde o rap não é (e, provavelmente, nunca será) fábrica de milionários ou de celebridades instantâneas, há espaço para o novo, felizmente. E uma das muitas faces do novo atende pelo nome de Mzuri Sana ("bom coração”, em swahili). Surgido há cerca de cinco anos, na Grande São Paulo, em meio a outros grupos de qualidade (Rua de Baixo, Ascendência Mista e Elo da Corrente) que, juntos, formam a família de MCs e produtores Rhima Rhara, o Mzuri Sana, após participar de algumas coletâneas, já lançou dois trabalhos, os álbuns: "Bairros Cidades Estrelas Constelações" e "Ópera Oblíqua". As letras do Mzuri Sana não se furtam de abordar mídia e tecnologia, ciência e filosofia, cinema e literatura, política e sociedade. Nada escapa aos cérebros atentos dos artistas. A rima é um reflexo complexo e destemido de tudo o que está ao redor. E a música, marcada por batidas firmes e certeiras, não fica atrás. Bases caprichadíssimas e scratches hábeis despistam os padrões manjados e esbanjam suingue, atualidade, sofisticação e informação musical. E quem foi que disse que rap não é música? Read more on Last.fm. User-contributed text is available under the Creative Commons By-SA License; additional terms may apply.