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Conforme anunciava a crítica, a banda goiana Pedra Letícia vem marcando território no cenário musical brasileiro de maneira bem autêntica. A idéia é mais antiga do que a própria banda. Apesar de terem se conhecido há pouco mais de 3 anos, os músicos Fabiano Cambota e Fabiano Áquila reativaram em Goiânia uma banda da qual Cambota fora fundador um pouco antes enquanto cursava Rádio e Tv na UNESP de Bauru/SP. Era uma banda idealizada pra não copiar, simplesmente, as músicas dos discos. Soar diferente era imprescindível. Começa assim a variedade da banda que toca rock e pop, e se atreve a citar ícones do “brega” como referência musical. O recomeço da banda em 2005 se dá no palco do bar FALANGE em Goiânia, um quilombo do rock na cidade sertaneja. Um dos proprietários do estabelecimento era Thiago Sestini, que pela informalidade da banda, se permitia “dar canjas” com seu bongô ou cajon durante a apresentação da então “dupla”. Thiago assume oficialmente o posto de percussionista, impondo seu estilo, sua “pegada”. Com a formação definitiva, fica evidente nos três músicos a vontade de se divertir enquanto se apresentam. Cada um com seu estilo de humor vai aproveitando os momentos descontraídos que o bar proporcionava, para “bagunçar” o show. E acabou sendo esse o diferencial que faz da apresentação da banda um período de duas horas de diversão garantida. Hoje o Pedra Letícia tem agenda disputada, mesmo tendo a distância entre Goiânia e outras grandes cidades, como fator desfavorecedor. O som tipicamente urbano tem sido muito bem aceito na capital de Goiás por ser um forte exemplo de contra cultura sertaneja numa cidade estigmatizada. As músicas de autoria de Fabiano Cambota têm sido veiculadas com sucesso na internet, e muito bem aceitas em rodas de violão de todo o país. A música “Como que ôce pôde abandona eu” se tornou um hit nos sites de relacionamento e nas páginas de vídeo e música atingindo a incrível marca de mais de 1.100.000 execuções no YOUTUBE. Outras composições desse “goiano urbano” têm contado também com excelente aceitação, como “Eu não toco Raul”, repetida por vários artistas e cantores de bares freqüentados pelos fanáticos fãs de Raul Seixas, que transcendem o bom senso ao pedir e repetir incansáveis vezes, implorando por uma música de seu ídolo. Algumas outras canções de autoria própria têm sido veiculadas com freqüência, com a facilidade de contar, sempre, com o bom humor, e a crítica sutil – ou nem tanto – de letras que remetem ao nosso cotidiano. Tendo realizado grandes shows na capital goiana, além de diversas cidades no interior goiano, incluindo o show de encerramento do F.I.C.A. na cidade de Goiás, que foi sucesso de público e crítica, a banda embarca agora sua irreverência, para outros estados. A agenda cheia conta com shows em Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rondônia, além de apresentações em rádios e programas consagrados e respeitados no país, como o Programa Pânico, da rádio Jovem Pan, em São Paulo. Trata-se, enfim, de uma banda atipicamente deliciosa de se ver e ouvir. A teatralidade faz do show um momento pra se divertir, rir, dançar e cantar junto. O repertório que inclui clássicos do rock – nem sempre levados muito a sério - e várias releituras de músicas infantis, principalmente da década de 80, agrada públicos de todas idades, que acabam por se entregar ao momento descompromissado e divertido que a banda proporciona. Não há um tipo de público definido que freqüenta os shows do Pedra Letícia. Pergunte aos integrantes como é esse público, e ouvirá de algum deles que se trata de uma platéia muito “eclesiástica”. Read more on Last.fm. User-contributed text is available under the Creative Commons By-SA License; additional terms may apply.