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Quando começou como uma banda, em 1997, o Sugar Kane sonhava em ir para a California, tocar pelo Brasil inteiro e lançar discos reconhecidos não apenas em todo o território nacional como também no exterior. Mas como não raro os sonhos de uma banda independente brasileira são relegados a segundo plano diante da dura realidade por que passa na prática, não é sem assombro que vemos onde a banda chegou atualmente. Depois do primeiro trabalho, produzido em 2000 e cantado em inglês, com o título “Once One Day”, lançado pela Barulho Records, e de “Por Nossa Paz” (2002), o segundo álbum e primeiro em português (lançado pela Terceiro Mundo Produções Fonográficas), o Sugar Kane alcançou resultados não apenas surpreendentes mas também compensadores, sob os auspícios de um vigor raro de se ver dentre as milhares de bandas que batalham por um lugar neste espaço cada vez mais reduzido e a cada dia mais concorrido. O terceiro disco, “Continuidade da Máquina”, foi lançado em maio de 2003 pela Urubuz Records e não deixa dúvidas quanto à posição alcançada pelo Sugar Kane no cenário nacional, com destaque pelo peso e consistência, cuidadosamente reunidos numa excelente gravação e num memorável trabalho gráfico, que deixam transparecer um instrumental inigualável, músicas altamente trabalhadas e de qualidade técnica impecável, tudo graciosamente realçado com letras inteligentes que não caem no lugar comum. Com uma avassaladora tour de mais de 100 shows pelo país inteiro a banda angariou fãs em lugares os mais improváveis e hoje lota casas de shows nos principais centros musicais do Brasil, contando com ingressos esgotados antecipadamente em capitais como São Paulo e Curitiba, além de memoráveis apresentações na Região Nordeste. Era preciso registrar a interação perfeita com o público, tanto nos shows quanto no cotidiano da banda, e assim o Sugar Kane resolveu inovar e entrou em definitivo, no ano de 2004, no audacioso projeto de produzir um Cd/DVD independente – o primeiro da cena brasileira. O lugar escolhido para o registro do Ao Vivo foi o tradicional Hangar 110, em São Paulo, com toda uma estrutura de luz, som, câmeras, equipamentos e staff que foi preparada e levada de Curitiba especialmente para o show. Pensando em não deixar o público curitibano fora do projeto, foi planejada a outra parte do DVD, outra inovação para o hardcore brasileiro: um show acústico gravado no Teatro do Paiol, na sua cidade natal. Talvez em decorrência da tão boa aceitação do público e em consonância com a retumbante aceitação da crítica especializada, já era hora de buscar novos horizontes. Não por acaso a banda recentemente se envolveu no maior projeto jamais pensado por uma banda do cenário alternativo e independente brasileiro: o quarto disco, “Elementar”, com lançamento pela Urubuz Records em maio de 2005, foi produzido durante 9 meses, gravado no Brasil, mixado por Angus Cooke, que já trabalhou, dentre outros, nos discos de LagWagon, The Ataris e Mad Caddies, na California (EUA), e masterizado por Adam Ayan no Gateway Studios (Portland, Maine), onde já foram masterizados os discos de Pearl Jam, Nirvana, Foo Fighters, Mettalica e Linkin Park, só para citar alguns. “Elementar” vem depois da primeira tour no exterior, com shows na California em abril de 2005, e como o melhor e mais bem produzido trabalho da banda, fruto de esforços nunca antes imaginados por alguém sem o apoio de um contrato com uma grande gravadora. Alçando o Sugar Kane definitivamente ao primeiro escalão do rock nacional, “Elementar” é recheado de composições maduras e bem trabalhadas, com instrumentais vigorosos e letras conscientes, incrível criatividade e qualidade técnica sem par em qualquer outro trabalho já lançado por bandas brasileiras na história recente. Em suma, o Sugar Kane é hoje uma perfeita junção da qualidade musical com a força e o entusiasmo perdidos pelas esquinas do punk rock. A sonoridade rock que sempre faltou ao hardcore, o elo básico de ligação entre a criatividade sonora e a perfeição técnica. Eficiente sem escapar para o marasmo, consistente sem se tornar repetitivo, forte e direto mas nem por isso cansativo, o Sugar Kane segue seu rumo com competência e despretensão, explosivo e intenso como o elementar em fúria... Formação: Capilé - Vocal e guitarra Renê Bernunça - Bateria Karacol - Baixo Vini – Guitarra Retirado do site do selo deles, Urubuz Records Read more on Last.fm. User-contributed text is available under the Creative Commons By-SA License; additional terms may apply.