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Rebeca Matta ocupa uma posição particular no cenário musical baiano. Sem negar suas origens, a cantora e compositora revela em seu trabalho uma abertura singular a ritmos e influências musicais diversos, como o trip-hop , o pop industrial e a MPB. Em 1998, foi lançado seu primeiro disco, Tantas Coisas . A boa repercussão rendeu-lhe o prêmio de cantora-revelação de 1999 da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA). O CD Tantas Coisas foi uma produção independente, totalmente realizada em Salvador, tendo significativa importância, pela sua repercussão, na afirmação e estímulo da cena independente de produção musical, numa cidade com grande infra-estrutura de estúdios voltados para produções main stream , como a Axé Music . A preocupação com a independência criativa manteve-se no CD Garotas Boas Vão Pro Céu, Garotas Más Vão Pra Qualquer Lugar (2000/Gravadora Lua Discos). Também este trabalho, mesmo bancado por uma gravadora paulista, foi totalmente produzido em Salvador, fortalecendo ainda mais as opções locais de produção independente, estimulando músicos e produtores para um maior envolvimento com produções alternativas. Aqui, o lado compositora foi realçado: metade das canções são assinadas por ela. O contato com a MPB também foi mantido com regravações de João Bosco, Ataulfo Alves, Tom Zé e Chico Science. Os dois trabalhos de Rebeca foram produzidos por andré t e tiveram co-produção de Guimo Migoya e da própria cantora. Em fevereiro de 2003, Rebeca foi a anfitriã e co-produtora do Projeto Tranz, aquecendo a cena independente no verão baiano ao realizar shows com Moisés Santana, Tom Zé e Arto Lindsay. Durante o Carnaval, foi a única representante da Bahia no RecBeat, festival pernambucano que tem se afirmado como um dos mais importantes da cena pop alternativa brasileira. No Recife, Rebeca dividiu o palco com Silvério Pessoa, Naná Vasconcelos e Arto Lindsay - com quem iniciou a produção do seu terceiro CD. Em julho de 2003, foi destaque do Projeto Com:Tradição, realizado no SESC Pompéia, em São Paulo, com o intuito de apresentar as novas tendências que se afirmam na MPB. Sua participação, dividindo o palco com Mim, Donazica e Elza Soares, foi descrita pelo site B*Scene nos seguintes termos: " Muito rock pra ser MPB, muito MPB pra ser rock, e muito eletrônica pra ser os dois, a inclassificável cantora fez um dos melhores shows do festival" . O jornalista e crítico musical Alexandre Matias (Folha de São Paulo e site Trabalho Sujo) também comentou, ao escolher este show entre os melhores de 2003: " Solta sozinha no teatro do Sesc Pompéia, a voz funcionava como uma aparição sobrenatural, dando ao show um ar de missa profana. Baixinha (pra mim, pelo menos), sorridente e tímida fora do palco, Rebeca parece encarnar todas as mulheres do mundo e crescer para além dos dois metros de altura, tamanha autoridade que ela exerce em show." Rebeca acaba de lançar seu terceiro CD (Rosa Sônica), que tem conteúdo mais autoral e que reafirma tendências presentes nos álbuns anteriores, destacando-se a presença da música eletrônica. O novo disco foi selecionado pelo Projeto Petrobras Cultural 2005 na categoria de produção musical contemporânea , tendo os músicos baianos Gilberto Monte e Ângelo Thomaz ( Boeing ) como principais produtores, e Arto Lindsay como produtor associado. Read more on Last.fm. User-contributed text is available under the Creative Commons By-SA License; additional terms may apply.